Escritas Radioativas
domingo, 29 de dezembro de 2013
Só por escrever....
domingo, 22 de dezembro de 2013
Desabo(r)
... Não sei nem como consegui abrir e sentar para encarar a vida e escrever. Os últimos dias tem sido um caos completo. No dicionário, arrasada significa devastada, aniquilada. Estou pior que isso. Nos últimos dias, várias pessoas vieram com o mesmo discurso, o tom da voz, ou até mesmo as palavras soavam em conjunto com a pena, com a dó e a tristeza de ver alguém como eu, que tem o sorriso cativante que você tanto dizia, que tem a simpatia e a felicidade estampada no rosto, como lembra tanto o porteiro alegre do prédio onde trabalho. Respirar dói. Pensar dói. Deitar dói. Viver dói. Recomeçar... ok. Por onde? Começar a juntar os caquinhos que sobraram. Mas quais pegar primeiro? Sua frieza nas palavras dilaceraram, achei que não poderia ficar pior. Não é você. NÃO PODIA SER VOCÊ falando aquilo tudo comigo, quase como se quisesse machucar, se tivesse ensaiado durante todos esses dias de indiferença. E sabe, acho que fez isso mesmo. Ensaiou cada vírgula que cuspiu em mim. Eu não sou santa. Nem puritana. Mas isso beirou, ultrapassou a covardia. Logo eu, que estava na minha? Logo eu que não fiz nada além de cuidar de você, e te amar, do meu jeito impulsivo, louco, estourado, mimado, mas era o meu jeito de amar. E fiz isso com todas as forças que eu podia. E queria ter essa força agora. Mas não tenho. A vergonha de não conseguir olhar pras pessoas. Eu não agüento mais. Eu queria agüentar, queria ser forte e dizer: E daí? Eu consigo superar isso. Mas eu não consigo. E ouvir essa música já não tem o mesmo sentido. Marisa nos disse uma vez, como poesia pra realidade que a gente vivia, como se tivesse sido escrita pra gente. Eu podia ficar feio, só, perdido, mas com você eu fico muito mais bonito, mais esperto. E podia estar TUDO agora dando errado pra mim, mas com você dá certo. Por isso, não vá embora, por isso não me deixe nunca mais. E agora, só o que eu peço é que, por favor, vai embora, vai logo. Ou eu vou, vou embora de tudo e de todos. Porque eu já não agüento mais.
sábado, 5 de janeiro de 2013
Perdão.
E é isso! Graças a Deus, dá sim pra perdoar de longe.
domingo, 30 de setembro de 2012
Precisava falar... Só isso.
domingo, 25 de março de 2012
But I was wrong. I was wrong....
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Overdose de Tati...
domingo, 15 de janeiro de 2012
O quase, o diário quase...
Eu sempre gostei dos textos da Tati Bernardi. Eu me identifico, como quase todas as pessoas do sexo feminino, com um texto, um frase, que sempre diz exatamente o que você sente e tenta achar palavras para expressar. Aí vê que não consegue... Ah, mas ela consegue! E aí você curte, compartilha, vira seu subnick no MSN, numa tentativa desesperadora de gritar ao mundo o que sente, daquela frase se tornar a indireta que tantas vezes quis soltar, mas claro, dirá à todos que é só uma frase de uma escritora, ótima, por sinal.
Por dias pensei em milhares de formas de começar a escrever como venho me sentindo, sério, pensei mesmo... Abri a página do blog e falei: Hoje irei escrever. Mas não foi assim. Mas aí, aí achei a Tati, que sempre me salva no vale dos meus problemas.
Foi aí que achei esse texto, que foi adaptado, por mim, para mim e está sendo postado no blog. Talvez você deva lê-lo, adaptá-lo para você. Enfim, é isso.
Depois de tudo, de pensar em tudo, eu quase consegui abraçar alguém semana passada. Por um milésimo de segundo eu fechei os olhos e senti meu peito esvaziado de você. Foi realmente quase. Por anos vem sendo isso. Quase. Acho que estou andando pra frente. Ontem ri tanto, tanto que quase fui feliz de novo. Relembrei milhares de coisas engraçadas do passado, tanta coisa, foi bom esses dias longe de tudo isso. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar tudo isso pra você. E fiquei triste de novo.
Nos últimos dias, ando dizendo que estou apaixonada de novo. Acredita nisso? Pensando em realmente investir em alguém. Mas, opa, espera, ele tem namorada... ou tinha, não sei. Ok, já estou indo pelo caminho errado de novo. Mas sabe, foi bom achar que estava quase me apaixonando de novo. E que quase poderia dar certo. De novo. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente.
Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias.
Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranquila em nada, feliz em nada. Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: “Ei, não quer me encontrar pra falarmos das nossas novas vidas? Das nossas escolhas?” Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca. Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro…
Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas garotas, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto. O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é.
Tati Bernardi - Adaptado